Ao longo dos anos, tenho observado de perto o cenário da mentoria no Brasil e como o engajamento dos mentorados se firmou como um desafio central para quem atua nesse universo. Não raro, vejo mentores que começaram animados com a proposta de entregar valor, mas esbarram nas barreiras do desinteresse, da dispersão ou da desistência dos mentorados. Às vezes, parece que gerar conexão genuína e engajamento constante é uma arte rara. No entanto, quero compartilhar as práticas que, pela minha experiência, realmente mudam a história da jornada do mentorado. O objetivo aqui é mostrar caminhos práticos e aplicáveis, sem prometer fórmulas mágicas, mas sim provocar uma reflexão sobre cada etapa do processo.
Engajamento não é automático, é construído passo a passo.
Por que o engajamento importa tanto?
Quando me perguntam o que mais compromete o resultado de um processo de mentoria, não penso apenas na metodologia usada ou no repertório do mentor. O maior risco está em perder o interesse dos mentorados no decorrer do processo. A motivação inicial até pode vir da novidade, mas o que mantém alguém focado é o sentimento de pertencimento e evolução. Uma mentoria sem engajamento vira apenas mais uma reunião na agenda atribulada.
Já tive mentorias onde o grupo começou animado e, poucas semanas depois, metade já estava “de corpo presente”. O aprendizado acontece quando existe envolvimento, troca e participação. Programas de mentoria formal, como os analisados em estudos de gestão, mostram que a evolução do relacionamento mentor-pupilo depende dessa reciprocidade. O mentor precisa encontrar maneiras de manter a chama acesa.
Notei também, lendo sobre o Projeto Mentoria PGD e iniciativas acadêmicas como a mentoria entre pares na UFVJM, que o apoio emocional e o reconhecimento fazem toda a diferença. Isso me levou a repensar não só as estratégias, mas também o modo de criar ambientes acolhedores onde mentorados sentem segurança para participar.
Prática 1: Definir expectativas de forma clara e personalizada
Nada desengaja mais do que não saber para onde se está indo. Por isso, começo toda mentoria alinhando expectativas: não só as minhas, mas principalmente das pessoas do grupo. Em muitos processos, uso uma conversa inicial exclusiva para mapear os objetivos individuais e coletivos, aproveitando ferramentas como o criador de jornadas personalizadas. É aqui que o mentorado entende o propósito, visualiza metas e percebe valor no acompanhamento.
Essa clareza inicial reduz ansiedades, organiza demandas e orienta todo o trabalho. Além disso, já vi mentorados desmotivados se reconectando quando percebem que as expectativas deles realmente contam.
Objetivo claro é metade do caminho para engajamento sustentável.
Prática 2: Construir metas alcançáveis e celebrar pequenas vitórias
Durante as mentorias que conduzi, percebi que metas muito distantes ou vagas acabam mais atrapalhando que ajudando. Prefiro quebrar desafios grandes em etapas pequenas, onde cada avanço merece reconhecimento. Uma conquista semanal, mesmo que pequena, gera aquela sensação prazerosa de progresso. O mentorado se sente capaz e motivado a caminhar para o próximo passo.
Essas celebrações não precisam ser grandes eventos. Às vezes, um simples feedback elogioso ou o destaque em uma reunião já faz diferença. Na Mentorfy, por exemplo, uso automações simples para notificar e parabenizar alunos sempre que um marco é atingido. Essa atitude cria um ciclo positivo de engajamento.

Prática 3: Criar um ambiente de confiança e aceitação
Em várias situações, percebi que mentorados engajam quando sentem abertura para errar, questionar e até discordar. Ambientes acolhedores despertam o pertencimento e reduzem o medo de exposição. É o caso do projeto de mentoria entre pares da Faculdade de Medicina da UFVJM, que mostrou resultados positivos ao ampliar o diálogo e promover apoio mútuo.
Na minha atuação, adoto práticas como acordos de convivência, confidencialidade e escuta ativa. Às vezes, corto a pauta para simplesmente perguntar como o grupo está se sentindo. Essa escuta sincera faz com que mentorados se abram mais e participem. Ajudar o mentorado a enxergar o grupo como uma rede de suporte, não como um tribunal, muda tudo.
Prática 4: Personalizar a jornada do mentorado
Ninguém é igual a ninguém. Já vi mentorias incríveis perderem força porque os conteúdos eram padronizados demais. Por isso, sempre busco adaptar exemplos, exercícios e desafios aos perfis do grupo. Ferramentas como o criador de processos de mentorias oferecem possibilidades de customização, onde o mentor pode desenhar etapas de acordo com interesses e necessidades reais dos mentorados.

Inclusive, ferramentas tecnológicas, como as disponíveis na Mentorfy, ajudam a manter o acompanhamento individual, personalizando trilhas e sugerindo conteúdos adaptativos. Isso faz com que o mentorado sinta que não é só mais um na multidão.
Prática 5: Manter uma comunicação fluida e constante
Uma das maiores rupturas que vejo em programas de mentoria é a falha de comunicação. Às vezes, o mentor acredita que já explicou tudo, mas o mentorado está perdido, tímido ou até frustrado por não se sentir ouvido. Por isso, defendo reuniões regulares, mas também o acompanhamento entre encontros. Ferramentas como o Mentorfy App permitem interações rápidas, troca de mensagens e notificações personalizadas.
Percebo que quanto mais próximo o canal de diálogo, maior é o engajamento. Incluo na rotina:
- Envio de lembretes para tarefas ou sessões
- Resgate de dúvidas e percepções pós-encontros
- Feedbacks rápidos por áudio ou vídeo
- Disponibilidade para conversas emergenciais
Comunicar-se não é apenas informar, mas criar espaço para ouvir e reajustar a rota.
Mentorado ouvido, mentorado engajado.
Prática 6: Propor desafios práticos e realistas
Minha experiência demonstra que, para muitos mentorados, a prática é o elo que transforma teoria em aprendizado real. Não bastam conteúdos teóricos ou discussões filosóficas. É preciso entregar desafios aplicáveis, alinhados à realidade deles. A experiência dos programas de mentoria do setor público e educacional, como o Workshop de Formação de Mentorados LideraGOV 4.0, reforça essa perspectiva ao incluir oficinas interativas e desafios de aplicação real.
Quando proponho desafios baseados em situações reais dos mentorados, percebo um salto de engajamento. Fica palpável o propósito daquele exercício, e a pessoa vê valor imediato na participação. Desafios bem desenhados ativam a curiosidade e o senso de pertencimento ao processo.

Prática 7: Oferecer feedback construtivo e contínuo
Lembro da primeira vez que um mentorado me disse, durante uma devolutiva: “O que mais me motiva aqui é saber que alguém acompanha meu progresso de verdade.” Abandonei a ideia de um feedback burocrático e focado só em problemas. Prefiro abordar o que funcionou, discutir pontos de melhoria e, principalmente, incentivar a pessoa a refletir sobre as próprias escolhas.
Na Mentorfy, aproveito recursos de acompanhamento para registrar avanços, como quadros de evolução e dashboards personalizados. A transparência de resultados incentiva a autonomia do mentorado. Eu também costumo criar um momento de “check-in” no início de cada encontro, tornando o feedback um hábito e não um evento extraordinário.
O estudo sobre mentoria em ambientes de trabalho reforça a importância da avaliação recorrente, pois ela molda a relação de confiança e o desenvolvimento conjunto entre mentor e mentorado.
Prática 8: Fomentar senso de comunidade e colaboração
Por fim, acredito que o aprendizado coletivo potencializa o engajamento. Programas de mentoria colaborativa, como o multiplicador do Círculo de Leitura nas escolas públicas estaduais, mostram como o suporte entre pares amplia a motivação dos mentorados.
Costumo criar pequenos grupos para trocas semanais, tarefas coletivas e fóruns para compartilhar conquistas. Ferramentas automáticas de gestão de times, como as disponíveis na Mentorfy, ajudam a organizar dinâmicas colaborativas. A comunidade ajuda a reduzir a sensação de isolamento, aumenta o compromisso coletivo e fortalece vínculos.

Para mim, engajamento é, antes de mais nada, construção coletiva. O mentor é facilitador, mas cada mentorado é também responsável pelos vínculos e pelo clima criado no grupo.
Recursos que apoio e recomendo
Ao longo deste artigo, citei iniciativas e plataformas que testei ou acompanhei de perto e que fazem sentido para quem deseja fortalecer o engajamento. O Mentorfy, por exemplo, oferece ferramentas desde a personalização de jornadas até o gerenciamento de grupos. Já tive experiências positivas com o aplicativo para mentorias e com funcionalidades para acompanhamento de progresso dos mentorados. Obviamente, o sucesso não está na ferramenta em si, mas na maneira como ela é integrada ao propósito do processo.
Além disso, recomendo conhecer projetos como o Mentoria PGD do governo brasileiro, além das experiências de mentoria universitária e corporativa citadas anteriormente. São referências que mostram a importância da estrutura, do acompanhamento contínuo e da gestão personalizada para gerar engajamento verdadeiro.
Conclusão: Engajamento é processo vivo e contínuo
Depois de tantos anos acompanhando mentorias, sigo convencido de que o engajamento do mentorado nasce de uma série de atitudes intencionais e diárias. Nenhum hack substitui a dedicação e o sentir do grupo. Práticas como clareza de objetivos, personalização, feedback constante e criação de ambiente acolhedor formam a base sobre a qual mentorias sólidas se sustentam.
É um processo, não um ponto de chegada. O engajamento oscila, os participantes mudam, mas a construção de laços, reais e duradouros, é sempre possível. E falo por experiência: é surpreendente ver o que um grupo motivado, confiante e apoiado pode conquistar juntos.
Se você, assim como eu, acredita que uma mentoria eficiente começa pelo engajamento dos mentorados, vale conhecer as soluções que a Mentorfy oferece para centralizar, acompanhar e escalar seus processos sem perder o toque humano. Experimente, adapte e inove em cada etapa! Deixe a transformação acontecer na jornada de cada mentorado e veja sua operação evoluir para outro patamar.
Perguntas frequentes
O que é engajamento em mentorias?
O engajamento em mentorias significa o envolvimento ativo e voluntário dos mentorados nas atividades propostas no processo de acompanhamento individual ou em grupo. Quem está engajado participa, cumpre tarefas, faz perguntas, sugere temas e compartilha impressões. É possível identificar esse engajamento na frequência de participação, no interesse demonstrado e no comprometimento com os objetivos traçados para a mentoria.
Como manter mentorados motivados?
Na minha experiência, motivação se constrói a partir da combinação entre metas claras, desafios práticos e feedback constante. O mentor deve reforçar o propósito da jornada, celebrar pequenas conquistas e criar um ambiente onde o mentorado se sinta seguro para expor dúvidas e dificuldades. Personalizações feitas através de ferramentas como o Mentorfy App e encontros de acompanhamento também ajudam a alimentar a motivação ao longo da jornada.
Quais práticas melhoram o engajamento?
Entre as práticas que mais contribuem para aumentar o engajamento dos mentorados estão a clareza das expectativas, a personalização dos conteúdos, o ambiente acolhedor e a comunicação contínua. Além disso, propor desafios práticos, oferecer feedbacks regulares e fomentar o trabalho coletivo são pontos fortes que observei em mentorias bem-sucedidas.
Mentoria online engaja mais que presencial?
A resposta não é absoluta, pois depende do perfil do grupo e das estratégias adotadas. Já conduzi mentorias online com resultados animadores, principalmente quando há recursos tecnológicos para interação e acompanhamento. A modalidade remota amplia acesso e flexibilidade, mas exige criatividade na dinâmica, uso de ferramentas e atenção especial para manter a proximidade emocional. Plataformas como a Mentorfy fortalecem esses aspectos, tornando possível manter o engajamento também no digital.
Como medir o engajamento dos mentorados?
Costumo avaliar o engajamento a partir de indicadores como participação nos encontros, entrega de atividades, solicitação de feedback, contribuições para o grupo e envolvimento em desafios coletivos. Ferramentas de acompanhamento, como dashboards e relatórios automáticos do Mentorfy, ajudam a transformar esses dados em informações visuais, permitindo ações rápidas quando detecto sinais de desmotivação. O olhar atento do mentor, aliado a indicadores objetivos, fornece um diagnóstico mais preciso.